O setor de compras e os impactos da COVID-19 na economia global

O setor de compras e os impactos da COVID-19 na economia global

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Além do impacto na saúde, as consequências econômicas da COVID-19 estão sendo sentidas em todos os setores – em virtude da desaceleração nos investimentos empresariais e nos gastos dos consumidores, bem como paralisações de fábricas e gargalos na logística.

Esse é o cenário abordado neste artigo, oferecendo um foco especial no departamento de compras. Acompanhe!

O novo coronavírus e o impacto na economia global

Um dos trabalhos sobre os impactos do novo coronavírus na economia global vem da Universidade Nacional da Austrália/Brookings e prevê a queda do PIB nas principais economias globais em 2020, concluindo que os estragos serão amplos e que os formuladores de políticas devem estar dispostos a investir alto para minimizar os efeitos da pandemia – saiba mais sobre o estudo e a tabela de redução do PIB.

Dessa forma, uma das consequências do novo coronavírus diz respeito ao trabalho. A OIT (Organização Internacional do Trabalho), estima uma redução que ficará entre 5,3 milhões (previsão otimista) e 25 milhões de empregos em todo o mundo. Além disso, a OIT – órgão da ONU – também prevê aumento de subemprego e perda na renda dos trabalhadores.

Bolsas de valores pelo mundo já vêm acumulando quedas gigantescas e, diante das condições monetárias restritivas, o setor bancário deverá ter mais prudência na liberação de crédito. As finanças públicas não estão isentas da crise do novo coronavírus e, por conta da queda da atividade econômica, o aumento da dívida pública é considerado certo.

O Brasil diante do novo coronavírus

O Brasil cortou sua estimativa de crescimento do produto interno bruto em 2020 de 2,1% para 0,02%. Essa queda do PIB é inevitável, tendo em vista a paralisação econômica que já vem causando grandes impactos.

A título de exemplo, só no Brasil, a demanda por voos domésticos caiu 75% em março, enquanto os internacionais recuaram 95%. Já as reservas em hotéis recuaram em 90%. Esses números  demonstram como o setor de turismo, a exemplo dos demais, sente o golpe da crise do novo coronavírus, arrastando consigo outros serviços – gerando um inevitável efeito dominó.

Outras consequências da crise gerada pela COVID-19 são: menor entrada de investimentos estrangeiros e saldo da balança comercial recuado (de US$ 41 bilhões para US$ 33,5 bilhões em 2020).

Em virtude de todos esses fatores, o governo federal brasileiro apresentou um pacote com medidas de socorro voltadas principalmente para pequenas empresas, trabalhadores autônomos e pessoas de baixa renda. Da mesma forma, bancos e empresas privadas têm anunciado medidas de ajuda a quem, muito possivelmente, precisará de fôlego financeiro por conta da pandemia.

A cadeia de suprimentos diante da COVID-19

O novo coronavírus também provoca impactos nas cadeias de suprimentos, levando empresas a terem o fornecimento de serviços e de bens afetados em função da interrupção de produção ou fechamento de empresas.

Já aquelas que dependem de insumos chineses sofrem ainda mais: atualmente, mais de 20% dos bens intermediários manufaturados consumidos no planeta são produzidos na China. Celulares e outros eletrônicos produzidos em diversos países, entre eles o Brasil, necessitam de chips, circuitos integrados e outras peças produzidas e comercializadas naquele país.

Essa dependência, inclusive, fez Bruno Le Maire, Ministro da Economia da França, afirmar que a pandemia da COVID-19 deve ser vista como a chance de rever e mudar a cadeia de suprimento mundial, tão perigosamente dependente de produtos chineses. E mais: diminuir o avanço da globalização – assunto que já tratamos em nosso artigo sobre Slowbalisation – e da interligação da cadeia de suprimento internacional.

Por outro lado, o supply chain também foi impactado pelo distanciamento social e o pânico que levou pessoas ao supermercado para abastecer generosamente a despensa, exigindo de alguns setores aumento significativo de produção e agilidade na entrega para evitar desabastecimento – exemplo emblemático é o álcool gel 70%, um dos produtos mais procurados no mundo inteiro.

Departamento de Compras: minimizando impactos da COVID-19 

A empresa de auditoria KPMG, analisou o mercado e divulgou algumas diretrizes sobre as etapas necessárias para as empresas entenderem como estão diante da COVID-19.

A partir dessas orientações, listamos algumas dicas para o departamento de compras  minimizar o impacto do novo coronavírus no setor e na organização.

1. Ações imediatas

Avalie o que muda nos planos de negócios da organização e, mais especificamente, reveja o planejamento de compras para garantir que ambos estejam alinhados.

Outra providência essencial é avaliar o risco dos fornecedores, identificando como podem afetar os negócios e revendo os fluxos regionais e globais para verificar meios de otimizar recursos.

Faça um mapeamento da criticidade dos materiais usados na produção de produtos que gerem maior receita para empresa e revise os contratos, avaliando necessidade de novas negociações que atendam ao novo cenário enfrentado pela organização.

Dê especial atenção ao estoque, mantendo o nível de segurança adequado, identificando riscos que possam levar a aumento de custos e estabelecendo ações proativas para evitar falta de materiais que interrompam a produção.

2. Ações de médio ou longo prazo

Aprenda com o passado. Use dados de ocorrências já enfrentadas e que geraram alguma instabilidade nas operações – como crises econômicas anteriormente superadas – para tomar decisões efetivas como: identificar qual o nível de estoque deve ser mantido ou qual o perfil do fornecedor que atende com excelência sua empresa.

Invista em tecnologias e capacitação da equipe, aproveitando as ferramentas avançadas para garantir que todos os colaboradores estejam preparados para trabalhar remotamente. Não apenas em tempos de crise, mas mediante eventuais necessidades impostas pelo ambiente de negócios – e sem comprometer a qualidade dos serviços oferecidos.

Diante da COVID-19, gestores do departamento de compras podem questionar a validade de manter seu modelo operacional pautado em um grande número de fornecedores que precisam ser monitorados de perto constantemente ou se seria possível evoluir o processo para um modelo mais prático, ágil, que reduza custos e seja menos vulnerável a imprevistos como o novo coronavírus.

A resposta a esse questionamento está na parceria com uma empresa especializada em compras de materiais indiretos.  A Soluparts possui ampla experiência nesse sentido, tendo acesso aos principais fornecedores em todo o mundo e profissionais aptos a obterem o melhor preço e prazo, mesmo em situações críticas como a que estamos atravessando – conheça nossa proposta de valor!

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